domingo, 28 de março de 2010

Alice no país das maravilhas. Estréia 16/04


Esse sempre foi um dos meus desenhos favoritos, na época da minha infância eu vivia assistindo o desenho Alice no país das maravilhas,agora por que eu sempre gostei desse desenho?Afinal ele sempre me fazia chorar junto com a Alice, a agonia da personagem de querer sair daquele mundo que de maravilhoso não tem nada me fazia mal.
Agora eu posso entender melhor o porquê eu sempre gostei, e me identifiquei com aquele desenho que de infantil não tem nada.
Movida pela minha curiosidade eu fui atrás de descobri o que havia por trás daquelas cenas em que me hipnotizava ,aquela largata que me dava arrepios,a rainha malvada que gritava , cortem-lhe as cabeças!!Eu morria de medo, eu chorava como se eu estivesse presa naquele mundo junto com Alice.
Hoje eu sei que o buraco em que Alice cai, e como se ela estivesse entrando em si mesma, o filme instiga a Alice a tomar decisões diferentes das que ela tomaria normalmente, criando dúvidas em sua cabeça e levando-a , a explorar novas situações.A psicanálise explica exatamente como o autor brinca com nosso bom senso e sanidade o tempo inteiro, Alice entra então em uma floresta onde nada, inclusive ela, tem nome algum. Essa cena levanta o problema da correspondência e o fato de que não podermos ter certeza nenhuma de que os nomes que damos às coisas correspondem ao que elas são de fato.
Hoje o chá das 5 da tarde em que Alice e quase obrigada a tomar, e como eu sou obrigada a ir a igreja todos os domingos, a Rainha em que todos temem e como o Senhor deus todo poderoso, caso alguém pecar ele ira cortar nossas cabeças, afinal ele é dono de tudo.Me sinto uma Alice num mundo cheios de limitações postas pelo meu Pai.As vezes me vejo sem saída.Por onde devo andar?Qual caminho certo para sair desse mudo?Até que surgi uma “largata’’e me mostra um caminho e me transmite confiança, com o seu sorriso cativante mas quando eu mais preciso dele, ele some e eu me vejo novamente sozinha.Isso foi bem parecido com um relacionamento em que eu tive no passado com um certo menino que tentou me mostra um caminho mais curto para os meus problemas e acabou me deixando no meio do caminho sozinha.
Agora olhando pelo vidro da janela posso ver a chuva molhar as folhas, e o som que faz cada gota que cai,mas eu sei que posso ir além e enxergar as montanhas,posso enxergar o horizonte as arvores que estão distantes , e eu sei que é lá que esta a saída desse mundo reprimido em que eu vivo .Afinal tudo vale apena quando a alma não é pequena.

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